Os Escapistas – DESAFIADOR, RETORNO À ETERNIDADE

Era sexta-feira, finalzinho de expediente. A revista em quadrinhos de terror com historinhas curtas e fechadas, Strange Adventures estava às vias de seu cancelamento. Como última tentativa de salvar o título, Jack Miller, seu editor, pediu ao roteirista Arnold Drake que bolasse uma nova série contínua dentro da revista. Na segunda-feira, Drake chegou na redação com um dos mais inusitados personagens do Universo DC nos anos 60. Strange Adventures #205 saiu em outubro de 1967 com a arte de Carmine Infantino e trazia consigo a origem e primeira aparição de Deadman, ou “Desafiador“, como ficou conhecido no Brasil.

Boston Brand era um trapezista de circo que agia como capataz da jovem proprietária, Lorna Hill, embora ele mesmo detivesse 20% das ações do negócio. Boston parecia um sujeito egoísta, meio arrogante, com mais desafetos que amigos. Ele se vangloriava de fazer o seu número sem rede de segurança e um dia, isso lhe custou muito caro. Boston foi baleado e morto no meio de uma acrobacia. A bala estraçalhou o esterno e varou suas costas, mas não foi ela que o matou. Foi a queda que fez isso. Daí, por alguma razão que ele desconhecia, seu espírito havia ficado preso na Terra, fadado a ajudar os outros por toda a eternidade. Ele não podia ser visto ou ouvido, a menos que possuísse o corpo de alguém e assumisse o volante.

No programa de hoje, nossa discussão será sobre uma minissérie do Desafiador, que mudou o status quo do personagem. Escrita por Andrew Helfer e desenhada pelo Mestre José Luis Garcia-Lopez; saiu no Brasil em 1987, de forma esquisita pela Editora Abril entre as edições #35, #36 e #38 da mensal do Super-Homem e Superamigos #27. E pra alegria de Luwig Sá e Reginaldo Yeoman, voltou dos mortos num encadernado da Panini, que está atualmente nas bancas, Desafiador: Retorno à Eternidade.

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